segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Um balanço da COP 15 - Copenhagem (Dinamarca)

COP 15 – O grande teatro global.


Aristóteles Teobaldo Neto


Fonte: http://fernandoyanmar.files.wordpress.com/2009/08/charge-aquecimento-global.jpg


A proposta da COP 15 – Copenhagem.

A COP – 15, ou 15ª. Conferência das Partes, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) foi realizada neste mês em Copenhagem (Dinamarca), apresentando o tema central a questão ambiental mais debatida na atualidade – o aquecimento global.

Veja um quadro síntese de todas as reuniões intergovernamentais antes da COP 15.

1995 COP 1 – Berlim (Alemanha) – É sugerida a criação de um protocolo para diminuição da emissão de gases estufa
1996 COP 2 – Genebra (Suíça) – Declaração de Genebra (redução de gases estufa)
1997 COP 3 – Quioto (Japão) – Protocolo de Quioto
1998 COP 4 – Buenos Aires (Argentina) – Ratificação do protocolo de Quioto.
1999 COP 5 – Bonn (Alemanha) – Continuidade aos trabalhos
2000 COP 6 – Haia (Holanda) – Impasse entre União Européia e EUA
2001 COP 6 – 2ª. Fase
COP 7 – Marrakech (Marrocos) – EUA deixam a mesa de discussão. Novo impasse.
2002 COP 8 – Nova Delhi (Índia) – Discussão de metas para uso de fontes energéticas renováveis.
2003 COP 9 – Milão (Itália) – Discussão Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e sumidouros de CO2
2004 COP 10 – Buenos Aires (Argentina) – Regulamentação MDL e Quioto
2005 COP 11 – Montreal (Canadá) – Destaque para emissão de CO2 pelos desmatamentos e necessidade de mudanças no uso da terra
2006 COP 12 – Nairóbi (África) – Revisão do protocolo de Quioto
2007 COP 13 – Bali (Indonésia) -
2008 COP 14 – Poznan (Polônia) – Países subdesenvolvidos assumem metas de redução de carbono.
2009 COP 15 – Copenhagem (Dinamarca)

Desde 1995 ela é promovida e reúne representantes de diversos países, desenvolvidos e subdesenvolvidos. Apesar disso, outras tantas reuniões intergovernamentais foram realizadas para discutir a relação do Homem com a Natureza. Os esforços globais em torno deste tema comum começaram a partir da década de 1970.

O foco das discussões é o aquecimento global e a definição de um documento de ações comum que visem diminuir a emissão de gases estufa que saem pelos escapamentos de veículos automotores, das indústrias e até mesmo da pecuária.

A questão ambiental é uma questão global, não respeita nem reconhece as fronteiras políticas. Uma poluição local pode gerar conseqüências local e globalmente.

Neste ano a COP 15 reuniu representantes de mais de 190 países, diferentes em vários aspectos: etnicamente, culturalmente, politicamente e economicamente. Discutir uma agenda comum em meio a tanta diversidade é uma tarefa complexa e exige um esforço muito além do que se demonstrou nesta mais recente conferência.

Apesar de tantas reuniões ainda não existe um consenso, muito menos metas efetivas com relação à questão ambiental. Interesses geopolíticos diversos estão em jogo. O discurso preservacionista soa bem aos ouvidos dos líderes dos países ditos desenvolvidos, com destaque aos EUA e União Européia, pelo freio que impõe à economia dos países em desenvolvimento e com forte potencial industrial, com destaque para China e Brasil.

Por outro lado estes países reclamam a hipocrisia nas vozes dos países do norte que pagaram um alto custo sócio-ambiental para ostentar tanto vigor econômico que os colocaram no domínio geopolítico global. Esgotaram seus ambientes e agora estão de olho nos recursos naturais dos países pobres industrializados e não industrializados. Esgotaram também seus espaços e agora buscam no mundo sub-desenvolvido lugar para depositar seus lixos de diversas naturezas: doméstico, industrial, dentre outros.

Mas sem dúvida, o pior tipo de lixo exportado foi seu modelo de produção e modelo de vida que é a essência da problemática ambiental. A sociedade optou por um modelo de desenvolvimento econômico degradante que transformou a Natureza, fonte da vida, em um armazém de recursos naturais.


A origem da problemática ambiental: a separação Homem – Natureza.

A ligação genética da vida com a Natureza é reconhecida nas duas maiores teorias que explicam o surgimento da vida no planeta. Na teoria evolucionista Darwin demonstrou que a água foi o ambiente apropriado para o surgimento das primeiras formas de vida.
Já a tese criacionista, cujo livro sagrado, a Bíblia, é o mais vendido do mundo e influencia um grande contingente populacional, mesmo usando uma linguagem metafórica, demonstra esta relação genética entre a vida e a Natureza. No primeiro livro sagrado, o Gênesis, isto é evidente em várias partes:

“E disse Deus, produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra” Gn 1:11
“E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus. E Deus criou as grandes baleias, e todo réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies, e toda ave de asas conforme a sua espécie...”Gn 1:20,21
“E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie.Gn 1:24”
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. Gn 2:7

Duas teorias confrontantes mas que concordam num ponto comum – a vida é fruto da Natureza.

Entretanto, a Natureza foi coisificada e separada do homem que perdeu de vista sua condição natural. Ela virou matéria-prima para industrialização e transformação em mercadorias disponíveis ao consumo.

Neste modelo de sociedade tem valor quem tem poder de consumo. Os valores se inverteram. Para ser reconhecido não é suficiente ser um professor, um médico, um dentista, um comerciante, seja qual for a profissão. Basta ser um consumidor.
Não importa os saberes e o conhecimento acumulado, não importa a conduta ética e socialmente comprometida, importa o quanto se consome.
Quanto maior o poder de consumo, mais valorizado será o indivíduo nesta sociedade.

A individualização é outra forte marca neste sistema, a solidariedade e a amizade perderam o valor.

Para o sistema se sustentar é necessário estimular o consumo, com isso desenvolve-se a economia, mas deteriora-se o ser humano.

Pesquisas demonstram que os índices de felicidade têm decrescido, principalmente em países ricos.

No ranking da pesquisa realizada em 65 países e territórios, foi avaliada a porcentagem da população que diz se sentir feliz. Os sete primeiros colocados são países do terceiro Mundo (Nigéria, México, Venezuela, El Salvador, Porto Rico, Vietnã, Colômbia). Para o Brasil, a idéia de que somos o povo mais feliz do mundo caiu por terra: apenas 30% das pessoas entrevistadas se consideram plenamente felizes.
Giannetti (2004) considera, sobre esta contatação, que entre as causas possíveis deste fato está a perda das raízes culturais, provocadas pela urbanização recente – diferentemente do caso nigeriano, por exemplo. Em segundo lugar estaria a desigualdade social brutal, que faz ricos e miseráveis disputar o espaço gerando, em conseqüência assim uma ansiedade e insatisfações para ambos. (Martinelli, 2004)

Isto demonstra que a riqueza econômica não está diretamente ligada à felicidade. Claro! Criou-se um manicômio social. Criaram-se necessidades desnecessárias e um sentimento de impotência e insatisfação à grande maioria das pessoas que não possuem poder aquisitivo para adquirir o carro do ano ou o tênis da moda. Criaram-se distúrbios psicológicos a uma grande maioria que perdeu de vista seus valores e tentaram suprir suas necessidades afetivas e espirituais com coisas materiais.

A humanidade esqueceu sua condição natural e, com isso, a noção de que tudo que fizer à Natureza será feito a ele mesmo, já que somos apenas um fio na enorme teia da vida.

Aos poucos estamos conduzindo a humanidade à barbárie e à própria extinção, afinal não é a Natureza que pede socorro, não é ela que precisa ser salva, mas uma parte dela – a própria humanidade deve salvar-se de si mesma. É esta contradição que deve ser discutida, este é o ponto crucial. Mas o que se vê nestes encontros é um grande teatro da retórica e dos discursos vãos sem uma medida prática, efetiva.

Qual é o problema? Qual é a saída?

O tema central destas discussões é o aquecimento global. O carbono é colocado como o grande vilão da questão ambiental, os holofotes da grande mídia estão direcionados para ele.
Mas outras vozes ecoam em outros espaços lembrando que o carbono é o gás da vida. Ocupa o primeiro nível trófico (alimentar) e tem um papel fundamental na transferência de energia ao longo da cadeia alimentar. Na fotossíntese ele, juntamente com outros compostos, é transformado em substâncias orgânicas que garante a vida nos outros níveis da cadeia alimentar.
Afinal, o gás carbono é um veneno ou um alimento?
Recorrendo a um velho ditado, ‘tudo em excesso faz mal’.

A sociedade consumista, industrial e urbanizada tem produzido artificialmente e emitido para a atmosfera uma grande quantidade de gás carbonico, provocando um desequilíbrio natural.

Mas esta questão é polêmica. A Terra já passou por períodos de aquecimento e de resfriamento global sem qualquer interferência antrópica. Depois da época dos dinossauros houve quatro momentos de glaciação intercalados por períodos inter-glaciais, onde a temperatura global aumentava. Há registros de geleiras que cobriam o cone sul da América Latina até as proximidades da latitude de Itu-SP.

A questão central, a priori, não é identificar em que medida as alterações climáticas são decorrentes das emissões antrópicas e em que medida é resultado de um fator natural! Mas questionar o atual modelo de desenvolvimento vigente e apontar uma sustentabilidade da vida, com mais igualdade, fraternidade, cooperação e amor. Sim, amor!!! Quanta caretice! Mas foi evitando o romantismo e a poesia que o Homem foi perdendo sua condição de humanidade. Foi evitando estes termos piegas, caretas e fora de moda que a humanidade foi se tornando massa de manobra e apenas mais uma peça do sistema capitalista global. Não somos máquinas nem robôs, somos humanos.

Trata-se de uma questão de garantia da sobrevivência da espécie humana. Esta deveria ser a discussão chave nessas conferências. O atual sistema de desenvolvimento garante a sobrevivência da espécie humana? É sustentável?

O que se vê é a exploração cada vez mais voraz dos recursos naturais, destruindo ecossistemas inteiros, fauna e flora, e pior, comunidades inteiras, culturas, tradições são afogadas no lago de uma grande represa ou destruídas no fogo das queimadas para dar espaço a grandes monoculturas, latifúndios e pecuária.

A história brasileira é rica nestes exemplos. Da Mata Atlântica restam menos de 8% da floresta original, o Cerrado, considerado o berço das águas brasileiras, não foi poupado após a descoberta da correção da acidez de seus solos na década de 1960. E, no limiar do século XXI, a Amazônia é o palco da recente fronteira agrícola.

Este filme já rolou nos países desenvolvidos que já destruíram grande parte de seus ecossistemas naturais e não é necessário revivê-lo para conhecer o final - o sistema está em crise, em rota de colisão. A sustentabilidade humana na Terra não admite brincar de conferência.

É necessário questionar um sistema que acumulou tanta riqueza, mas concentrou nas mãos de poucos e deixa tanta gente morrer na miséria. É necessário questionar um sistema que admite riqueza e ostentação de uns países às custas da exploração das riquezas de outros. A história não deixa dúvidas e nem mentir, basta ver a situação sócio-ambiental atual dos países da América Latina, África e Ásia que foram colonizados e explorados no passado.

Apesar de ter acumulado tanta riqueza econômica e desenvolvimento tecnológico não foram extintas a escravidão, a fome e o desemprego. O fosso da desigualdade social é ainda mais agravante.

Para ocupar uma posição social somos estimulados à competição aos moldes da teoria maquiavélica de que ‘os fins justificam os meios’. As melhores escolas e sistemas educacionais são aqueles que preparam para o vestibular e para o mercado de trabalho, por isso disciplinas como filosofia, sociologia, artes, história e outras das áreas humanas, carecem de valorização. Cooperação e solidariedade é uma palavra fora de moda no manicômio social.

Em que momento os paradigmas atuais do desenvolvimento foram questionados na COP-15? O que se viu nesta conferência foi um total descaso e desinteresse pela sustentabilidade humana. Isto ficou evidente na pressa em definir um documento de improviso elaborado por chefes de 25 países para inglês ver e para o mundo ver, na tentativa de expressar um compromisso e ideal comum

Durante a madrugada de hoje, 25 países trabalharam em um texto com o objetivo de que os mais de 100 de chefes de Estado e de governo reunidos em Copenhague pudessem fechar hoje um acordo de redução de emissões. (http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u668506.shtml 18/12/2009)

O chefe de Estado brasileiro admitiu a incapacidade de definir tal documento:

Lula afirmou ainda que "gostaria de sair daqui com o documento mais perfeito do mundo, mas se não conseguimos fazer até agora não sei se algum anjo ou algum sábio descerá nesse plenário e colocara na nossa cabeça a inteligência que nos faltou até agora".
(
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2009/12/18/ult4477u2173.jhtm)


Falta inteligência? A questão é muito mais complexa e jamais se resolve em uma conferência de uma semana. Aliás uma conferência é realizada para se avaliar as metas propostas para determinado tema e avançar a discussão revendo ou propondo novas metas. Onde estão as metas para a erradicação da pobreza e da miséria? Onde estão as metas para desenvolver mecanismos de desenvolvimento realmente limpos, isentos de custos sociais e ambientais como, por exemplo, o uso da energia solar, tão mal aproveitado e explorado? Quanto foi definido de verbas para pesquisas nesta área? Quanto e quando ficou definida a compensação pelos países ricos dos recursos e mão de obra, explorados dos países pobres? Onde estão as metas para acabar com a desigualdade social? O que ficou definido?

Nada!

Definitivamente não falta inteligência! Falta ética, falta compromisso com o ser humano, falta solidariedade, enfim, falta humanidade.

A ganância econômica tornou a conferência um fiasco desde sua gênese. Assistimos a um grande teatro global, recheado de falácias, retóricas e discursos vazios. Há um desinteresse geral na discussão e no questionamento acerca dos atuais paradigmas de desenvolvimento econômico que está numa relação direta com o (des) envolvimento, ou seja, o não envolvimento humanitário.

REFERÊNCIAS

MARTINELLI, Patrícia. Qualidade ambiental urbana em cidades médias: proposta de modelo para o estado de São Paulo. Rio Claro: [s.n.], 2004. 130 f.: il., tabs., quadros, mapas. Dissertação (mestrado). Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Orientador. Roberto Braga.

UOL Notícias. Tudo sobre a COP-15. Disponível on line em http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/especial/2009/conferencia-clima/ dez/2009. Acesso em 28 dez 2009.



VEJA OUTRO ARTIGO SOBRE ESTE TEMA:

http://neefics.blogspot.com/2009/12/conferencia-de-copenhague-2009.html

Apresentação na UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro.


Coordenador apresenta projeto em evento na UFTM - 21/11/2009

No dia 21/11/2009 o coordenador do projeto foi convidado a apresentar os resultados do projeto no evento "Educação, Meio ambiente e Geografia", promovido pelo CA - Centro Acadêmico dos Estudantes do curso de Geografia da UFTM.

Neste evento foi lançado o livro "A Educação Ambiental na Escola Pública" de autoria do professor Valter Machado da Fonseca.

Participaram do evento alunos de todos os cursos de licenciatura da Universidade, professores e demais interessados.

Apresentação do projeto

Mesa de debatedores

A banda de música do quarto batalhão da Polícia Militar tocou na abertura do evento.


Segundo o presidente do Centro Acadêmico de Geografia, Weslei Borges de Sousa, foi uma grande oportunidade para diálogo aberto envolvendo alunos e professores dos cursos de licenciatura e serviço social da UFTM, bem como demais profissionais e interessados nas temáticas apresentadas.


terça-feira, 17 de novembro de 2009

O projeto será apresentado na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro)

Não percam o evento: "Educação, Meio ambiente e Geografia"

O Curso de Geografia da UFTM promove o evento de lançamento do livro "A Educação Ambiental na Escola Pública" de Valter Machado da Fonseca.

Nesta oportunidade será apresentado o projeto "Decompondo Lixo, Recriando Vida" em uma mesa redonda com o autor do livro citado.


Dia 21/11/2009 - sábado
Anfiteatro 'A' do Centro Educacional e Administrativo - 19 horas

Maiores informações:

http://www.uftm.edu.br/

http://www.uniube.br/noticias/noticia.php?codnoticia=1290

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (05 de Junho/2009): Temos Motivos para Comemorar?

Introdução
Todo dia 5 de junho, comemora-se o dia internacional do meio ambiente. Mas todo dia é dia de pensar o ambiente, por que todo dia devemos pensar a nossa vida e cultivar nossas necessidades para vivermos bem. Alimentar nosso corpo, para cuidar da saúde. Alimentar nossa alma, para cuidar do nosso espírito. Cuidar do ambiente, fonte da nossa alimentação, garantia da nossa sobrevivência.


Você sabia que no mundo todo o dia 05 de Junho é considerado o dia do Meio Ambiente?


Sabe por que esta data?


Pois nesta mesma data, ou seja, 05/06, há muito tempo atrás, mais precisamente em 1972, na cidade de Estocolmo, Suécia, aconteceu o primeiro grande evento ambiental denominado “Conferência de Estocolmo”. Foi "o acontecimento" que marcou a história do movimento ambientalista no mundo. Tal encontro tinha por objetivo apresentar um relatório produzido por um grupo de cientistas que denunciavam todos os problemas causados ao meio ambiente (poluição do ar, das águas, lixo, miséria, concentração da riqueza, etc.). Estes problemas são causados pela forma de viver do homem, que está baseada no sistema capitalista de produção que pode ser entendido a partir do esquema abaixo:



Pare um pouco e veja o vídeo "A HISTÓRIA DAS COISAS"


Veja este esquema explicado na forma de um vídeo de apenas 21 min. Ele foi produzido por Annie Leonard. O vídeo é bem ilustrativo e faz uma crítica interessante ao modelo de produção predatório. Vale a pena ver e refletir


Neste link você assiste ao vídeo dublado completo:

http://www.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E
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Todas as atividades deste projeto de Educação Ambiental é desenvolvida com o objetivo de provocar a reflexão a partir deste modelo de desenvolvimento econômico, o principal responsável pelos impactos ambientais.



Desta forma, o principal desafio é direcionar o pensamento, a reflexão e o questionamento acerca do atual modelo de desenvolvimento e de sociedade do consumo que se consolidou, no sentido de uma mudança de paradigmas.




Programação do evento do ano!


Mobilizados alguns professores, o evento foi organizado no período de um mês e ficou com a seguinte programação:


Local: R. Três, s/n. – Usina Junqueira Fone:(0xx16) 3172-0339 Igarapava - SP

8:30h – Apresentação dos resultados do projeto e Horta escolar

8:50 h - A questão ecológica e social do Lixo:

Entrevista com um Catador de Materiais Recicláveis

(Prof. Neto e Wildemberg)

9:30 - 9:40h – Intervalo

10:00 h - Abertura: Teatro: Fuga no Canavial

(Prof. Eduardo Lima)

10:30 h – Mesa Redonda:

Os Impactos sócio-ambientais da Monocultura de Cana de Açúcar

(MSc. Valter Machado da Fonseca)

A monocultura da Cana de Açúcar na Usina COSAN

(Representante da Usina - ausente)

11:40h – Apresentação Cultural de Encerramento Voz, violão e guitarra.

(Prof. Cauê e alunos)




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1o. MOMENTO - Professores Neto e Wil

Uma fala inicial:

Este evento foi preparado a várias mãos. Ele congregou o que cada um pode oferecer de melhor. As diferenças foram colocadas de lado e toda a comunidade escolar: direção, professores, auxiliares de limpeza e alunos se uniram em prol de um único objetivo: uma festa de cultura e conhecimento.
Resultado: foi um sucesso. O Universo conspirou a favor desta causa e tudo se encaixou perfeitamente, até o calendário foi favorável, sendo 05/06/2009 - sexta-feira.
O segredo do sucesso? O amor dedicado até nas mais simples atividades, por todos que colaboraram.
Uma palavra para definir o evento: Uma benção.

Apresentação da história do projeto 'Decompondo Lixo, Recriando Vida' e Experiências na Horta.





Nesta oportunidade foi apresentada a toda a escola as atividades do projeto, desde seu início em outubro/2008.

Em seguida o professor Wildemberg apresentou as atividades que orienta os trabalhos na horta escolar, para onde parte do adubo orgânico é utilizado.




Os alunos deram seus depoimentos falando como é feita a manutenção na horta.


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2. MOMENTO - Entrevista com Sr. José Gomes

Quebrando Preconceitos, Construindo Valores:
Uma Aula de Vida com o Catador de Materiais Recicláveis.

Este trabalho consta de uma reflexão a respeito da crise ambiental e o papel da educação diante da necessidade de novos paradigmas para tratar a questão ambiental.

A ideia de fazer uma entrevista com um catador de materiais recicláveis surgiu nas primeiras experiências do coordenador deste projeto com a Educação Ambiental.

Para ter acesso a um artigo completo publicado acerca desta experiência, consulte:

--> http://neefics.blogspot.com/2009/06/catador-de-lixo-ou-educador-ambiental.html

--> http://www.propp.ufu.br/revistaeletronica/index.html
(TEOBALDO NETO, Aristóteles. Colessanti, M.T.M. (orient.). MEIO AMBIENTE E RESÍDUOS SÓLIDOS NA ESCOLA: uma proposta metodológica para a educação cidadã e ambiental. In Rev. Horizonte Científico. N. 05. Vol. 02. 2005. Ciências Humanas. Disponível on line em acesso em 13/07/2007. )

Sr. José Gomes - catador de materiais recicláveis, professor no dia do Meio Ambiente na Escola Cel. Quito.


O sr. José Gomes fez o maior sucesso com seu material de trabalho: uma bicicleta com um carrinho adaptado por ele mesmo, feito de fogão encontrado no lixo.

Todos os alunos participaram muito atentos e interessados, fazendo perguntas as mais variadas. Para realizar esta atividade o professor deve estar atento a abordar algumas perguntas chaves, caso os alunos não as façam, como:


Entrevista com respostas feitas a uma aula na Escola de Uberlândia/MG com o Sr. Roque.

(As respostas não diferenciam muito entre os catadores, já que se trata de uma mesma realidade)

1 – Por que este trabalho?
R.: Devido à falta de oportunidade de colocação no mercado de trabalho, o lixo foi uma alternativa de renda. A esposa ajuda no trabalho que tem uma jornada diária de aproximadamente 15 horas de segunda a sexta-feira, e de 7 horas no sábado. Os três filhos trabalham em outras
atividades.


2 – O senhor gosta deste trabalho?
R.: Se houvesse uma oportunidade melhor, com certeza abandonaria este trabalho.


3 – Dá para sobreviver?
R.: Consigo uma renda média mensal que não ultrapassa dois salários mínimos.

4 – Que tipo de lixo o senhor coleta e qual a sua destinação? Faz parte de alguma cooperativa?
R.: Papelão, plástico, ferro, etc., todos são vendidos a intermediários que destinam o lixo para as indústrias de reciclagem. Não faço parte de nenhuma cooperativa, mas pretendo me ingressar em alguma.

5 – Já sofreu algum acidente com este trabalho?
R.: Não, mas tenho um colega que perdeu o dedo quando se contaminou com uma agulha de seringa, tem que ter cuidado, já encontrei seringas com agulhas, pedaços de lâminas e vidros.

6 – O senhor enfrenta algum preconceito da sociedade?
R.: Sim, tem gente que acha que somos bichos, andarilhos ou mendigos, não reconhecem nosso trabalho e amedrontam as crianças quando elas vêm conversar com a gente. Mas tem muita gente boa, que compreende e colabora com nosso trabalho.

7 – Como a escola e nós individualmente podemos contribuir com o seu trabalho?
R.: É só separar o lixo seco do molhado e deixar numa sacolinha do lado de fora, combinar o horário e dia que eu passo para pegar os resíduos.

Experiência na Escola Aurélio Luiz da Costa (Uberaba MG)

Um dos principais objetivos da educação ambiental: o de (re) construir valores humanos, cumprimos nesta atividade ao quebrar certos preconceitos expressos nas respostas de muitos alunos.

Leiam os depoimentos* dos alunos da Escola Aurélio (Uberaba, MG), onde a mesma atividade foi desenvolvida com outro catador de materiais recicláveis ( 2005).


“É interessante porque minha mãe falava que estas pessoas era ladrão e agora eu vi que eles ao pessoas como eu, eu agora coloco os materiais recicláveis fora do lixo é melhor para eles pegarem. (J. O. Corrêa 8a.)”

“Eu aprendi que ele não é pessoas diferentes, ele não é doido ele é uma pessoa normal não como outras pessoas pensam (---8a.)”

“O racismo onde as pessoas vê ele como um marginal não como uma pessoa que trabalha (Wanessa Gotti Moreira 8a.)”

“... o que eu achei mais interessante na aula ... é que devemos tratar eles como qualquer pessoa.” (7a.)

“Aprendi que com os materiais que jogamos no lixo os catadores ganham a vida reciclando-os e achei interessante a coragem que eles tem de enfrentar os preconceitos que surgem com esse trabalho. 8a.”

“aprendi que não se precisa roubar so pq se é pobre, faça como os catadores, não se rendam à criminalidade” (jonatas da Silva 8a.)

“...devemos valorizar todos os tipos de trabalho e eu gostei da forma como ele demonstrou sua personalidade. São muito corajosos e por muitas vezes são discriminados e até confundidos com mendigos” (Michelle Melo 7a.1)

“foi a melhor aula que tive, aprendi a ser mais humilde, caridoso, e achei interessanto o dia-a-dia deles”. (Célio Neto 7a.)

“achei muito legal, e aprendi demais com o catador que é um trabalho honesto e interessante. 8a”.

“achei a aula super interessante, achei legal o modo que eles trabalha, a honestidade dele”(Stephânia Beatriz Ferreira 7a.)

“que a gente deve olhar as pessoa não pela sua aparência ou pelo seu trabalho, mas sim pela sua história (Vinícius F Félix) 7a.1”

...trabalham em grupo mas ás vezes há discussões por causa dos materiais (territorialidade) (Amanda Freitas)7a.

*Transcrições fieis à escrita dos alunos.

Na maioria das respostas eles enaltecem o catador pela sua dignidade, honestidade e educação, sem se limitar a observar sua aparência e jeito de ser e falar simples.

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O Sr. José Gomes responde a perguntas e manda o recado...


Os alunos se envolveram, vale citar a fala de um aluno de 4 anos que foi à frente, pegou o microfone e disse:

"Eu só queria dizer que o senhor é muito legal"

Emocionado o Sr. Gomes revelou que aquela era a primeira escola em que lhe foi dada a oportunidade de falar, o espaço em que ele foi tratado decentemente, como ser humano que é. Deu parabéns aos organizadores do evento e aos alunos que se mostraram tão educados com ele. Muitos o procuraram para cumprimentá-lo ao final, convidando-o para tomar um lanche na escola.

Na sociedade das aparências, do descartável, que inverteu sua escala de valores e se perdeu na ânsia do consumismo e das coisas materiais, pessoas sábias como Sr. Gomes, não tem espaço para educar, para falar, não tem o direito à cidadania.

Para refletir

“Os seres humanos são ‘tocados’ quando atingidos através de emoções e não por informações. [...] além das informações essenciais para a compreensão do seu metabolismo e das ameaças e alternativas de soluções, precisamos trabalhar com a sensibilidade das pessoas, se pretende ser eficiente.” (DIAS, 1999, p. 100)

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3. MOMENTO - Teatro e Palestra.


Os impactos sócio-ambientais da monocultura de cana-de-açúcar.


A escola Quito Junqueira localiza-se na Usina Junqueira (círculo menor), a uma distância de aproximadamente 10 km da cidade de Igarapava (círculo maior).

Pela foto aérea abaixo é possível dimensionar a área de cultura de cana-de-açúcar no entorno das áreas urbanizadas.

Esta prática causa uma diversidade de impactos sócio-ambientais que foram tratados na peça de teatro e na palestra deste dia.








Peça: Fuga no Canavial
Esta peça é de autoria do professor Eduardo Lima. Conta uma história onde os bichos estão sem seu habitat natural que foi tomado pela cultura de cana-de-açúcar. Mais que isso ela busca sensibilizar e provocar uma reflexão acerca do modelo de desenvolvimento adotado pela sociedade em que o valor da vida perdeu-se na ânsia do lucro e do consumismo.
(Em breve uma release feita pelo autor da peça)




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Palestra: Os impactos sócio-ambientais da monocultura de cana-de-açúcar.

Esta palestra abordou a realidade brasileira como um todo. Em muitos aspectos as análises se aplicam à realidade local.
Prof. MSc. Valter Machado da Fonseca

Recentemente o governo brasileiro tem adotado uma política de investimento nas indústrias sucro-alcooleiras, ou seja, de produção de açúcar e álcool, com o objetivo de substituir os combustíveis fósseis pelos chamados ‘biocombustíveis’. A mídia de forma geral tem destacado as vantagens deste tipo de produto, destacando-o como uma fonte de energia limpa.Porém esta cultura apresenta alguns impactos que estão presentes em quase todos os locais em que esta é a cultura predominante.

Veja as implicações de diversas naturezas constatadas em muitos locais onde predomina a monocultura da cana-de-açúcar.

Ecológicos:
Perda da biodiversidade e oportunidade de pesquisa e descoberta de novas espécies, esgotamento dos solos, alteração do micro-clima local, queimadas e poluição do ar. De forma geral não são respeitadas as leis ambientais que limitam o uso das áreas de preservação permantente – APP´s e áreas urbanas.

Culturais e Sociais:
Ocorre uma grande exploração da mão de obra, semi-escrava. Dado o baixo valor dos salários e o serviço exaustivo, esta oportunidade de trabalho atrai apenas uma parte da população sem qualquer oportunidade de trabalho, a maioria está concentrada no Norte e Nordeste. Estes saem de sua região para os locais onde atuam as usinas sucro-alcooleiras, principalmente Sudeste e Centro-Oeste. Ao encontrar condições precárias de moradia e trabalho muitas pessoas encontram nas drogas um alívio e na prostituição, uma forma de sobreviver. Como o calendário da safra é diferente do calendário escolar, a educação fica comprometida pela migração da mão de obra que retorna para sua região de origem no fim do período da safra. Os serviços de saúde dos municípios ficam sobrecarregados pela presença da mão-de-obra migrante, atendendo de forma precária a população local. O choque cultural produz tensões em decorrência da xenofobia, preconceito e/ou exclusão que pode assumir proporções intoleráveis.
Consulte as fontes:
2 - FONSECA, V. M. da. BRAGA, S. R. Para além da geopolítica do etanol: novos discursos e velhas práticas do setor canavieiro no Brasil. In Revista eletrônica Pegada. Vol. 9 n. 1. UNESP. 2008. Disponível on line em http://www4.fct.unesp.br/ceget/PEGADA91/05-9-1-WalterSandra.pdf Acesso em ago 2009.

Econômicos:
A monocultura é muito frágil e dependente das leis do mercado, caso haja uma crise econômica, toda a produção se perde e/ou desvaloriza, basta lembrar o episódio da crise de 1929 quando no governo brasileiro de Getúlio Vargas foram queimados estoques de café para que faltasse o produto no mercado e o valor permanecesse equilibrado. Além disso, um fato agravante é a falta de uma política de segurança alimentar, ou seja, independente de qualquer crise, um Estado-Nação, deve garantir o suprimento de alimentos básicos, em quantidade e qualidade à sua população.

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4. MOMENTO - Encerramento

Apresentação cultural - Sobradinho (Sá e Guarabira)


Encerramos o evento com a declamação e apresentação 'voz, violão e guitarra' da música "Sobradinho". Esta música apresenta uma reflexão acerca dos problemas ambientais causados pela construção de grandes hidroelétricas. A Coordenadora Isabel orientou a apresentação de dados e comentários acerca dos impactos ambientais causados pelas construções de grandes hidroelétricas no país.

Sobradinho Sá e Guarabyra
Composição: Sá e Guarabyra
O homem chega, já desfaz a natureza
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o
Sertão ia alagar
O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão(Refrao 2x)

Adeus Remanso, Casa Nova, Sento-Sé
Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai, vai subir
Vai ter barragem no salto do Sobradinho
E o povo vai-se embora com medo de se afogar. (Refrao)
Remanso, Casa Nova, Sento-Sé
Pilão Arcado, Sobradinho
Adeus, Adeus ...
Vídeo no youtube:
Conheçam o artigo:

"A MÚSICA COMO UM RECURSO ALTERNATIVO NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS..."
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Considerações finais
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Assim terminou o evento que foi repetido no turno da tarde.
A grande lição foi a importância do trabalho em equipe desenvolvido pelos professores que atuaram na organização do evento, contribuindo conforme suas habilidades e conhecimentos. Em seguida o coordenador do projeto solicitou algumas atividades de produção artística e textual de seus alunos acerca do evento. Os trabalhos permitiram analisar a percepção e aprendizado dos alunos. Algumas produções foram selecionadas e serão postadas aqui.
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Apresentação cultural de encerramento

Professor Cauê e alunos.

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Frutos do evento: Produção dos alunos
Os movimentos. (Para mudar o meio ambiente, mude de idéia).

Dia cinco de junho é o dia mundial do Meio Ambiente mas uma pergunta que todos querem saber a resposta: Temos motivos para comemorar? Já que o planeta está no meio da poluição, no meio do aquecimento global.(...)
A poluição está em todo lugar desde o escapamento do meu carro até a chaminé das fábricas, vamos agora falar dos motivos. (...)

E até agora eu só falei da minha escola, mas é porque ela já está arrumando uma saída para melhorar o mundo só que sozinhos a gente não consegue, pois não somos nem a metade do planeta, mas já estamos um passo à frente.

Eu acho que temos que cuidar mais do Meio Ambiente da nossa água, mas se todos cuidar do Meio Ambiente ele vai melhorar. Você quer entrar na nossa corrente de cuidar do mundo? Todos os Alunos, Professores, Diretores, Faxineira, Funcionários, Amigos do ‘CEL QUITO JUNQUEIRA’ já estão participando da nossa luta para o bem. E você, quer entrar também?

Pense bem para depois me responder!
Os movimentos mudam e você já mudou sua opinião sobre o MEIO AMBIENTE?

Texto de Juliana Cristina - 7.C

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Um apelo por qualidade ambiental e de vida.

A natureza nos proporciona todos os recursos para nossa sobrevivência, cabe somente a nós, seres humanos, termos consciência e saber usa-la.

Temos aqui pertinho de nós, indústrias. Um homem preocupado com o futuro de sua família resolveu fazer uma investigação do que estava acontecendo, tal foi seu espanto ao ver que matas que ele, junto com seu pai, admiravam a beleza do verde e a alegria dos pássaros e animais, que não mais existem.

Aquelas minas de água pura e cristalina que eles bebiam e se refrescavam que na sua vontade de viver corria rápido para o Rio Grande, foram tragadas por máquinas e aterros e já não existem mais.

Misturou no coração desse homem alegria de ver a evolução e o progresso, porém ao mesmo tempo, a grande tristeza de ver toda beleza de sua infância agora a devastação do fogo na queima do canavial.

Os quintais que eles plantaram, hoje abandonados ,verdadeiros depósitos de lixo misturado ao matagal, ele se senta na calçada e chora e vê os latões de lixo colocados pela prefeitura para reciclagem e consciência do morador depredado. Diante de toda essa crueldade com o meio ambiente ele pede a Deus, ensina a todos que podem e fazem a sua parte.



5 de Junho - dia mundial do meio ambiente: Temos motivo para comemorar? – O olhar do aluno.

Infelizmente nem todos tem a consciência da reciclagem da sua importância para o meio ambiente. Todos deveriam separar o lixo orgânico recriando assim vida, ou seja, com a decomposição do lixo cria-se adubo para o cultivo de verduras.

Temos um exemplo do senhor José Gomes, um homem consciente que honra o seu trabalho fazendo com dedicação e responsabilidade. A luta do seu dia-a-dia na cidade de Delta recolhendo lixo, separando tudo que pode ser reciclado, um trabalho árduo e cansativo que traz benefícios enormes a população e ao meio ambiente a palestra dele nos alerta a fazer o melhor que podemos começando dentro de casa.

A peça teatral nos mostra a grande crueldade com os animais, de norte a sul do país os animais estão sendo massacrados pelo desmatamento, pelos fogos criminosos e a grande ganância, como exemplo o jacaré que lhe é tirada á vida para que várias pessoas até chegar na madame que exibe sua bolsa. Só pensam no dinheiro, os animais de nossa região que quase já sem suas moradas fogem para o canavial onde são encurralados e queimados com seus filhotes. Vamos fazer a partir de hoje todo dia dedicado com ações cuidando do meio ambiente.

Texto: Luis Fernando de Souza Fric – 7ª. série C
Títulos: Apoio Prof. Neto.


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Ambientalista e Mestre em Educação comenta "O dia Mundial do Meio Ambiente: Temos motivo para comemorar?"

DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE: Membro do NEEFICS lança proposta comprometida com a Educação Ambiental de qualidade

Na maioria das vezes o Dia Internacional do Meio Ambiente é comemorado com eventos repetitivos, que não questionam as raízes da problemática ambiental que assola a humanidade neste limiar de século XXI. Geralmente são propostas e eventos ligados à reciclagem e coleta seletiva, porém desprovidos de uma leitura crítica sobre a temática.
Entretanto, no último dia 5 de junho de 2009 tivemos a oportunidade de presenciar um evento que levou à reflexão aprofundada sobre esta relevante problemática. O Professor Aristóteles Teobaldo Neto (membro do NEEFICS) coordenou um importante evento que levou a uma reflexão crítica sobre a degradação ambiental do planeta.
O evento Dia Internacional do Meio Ambiente: Temos motivo para comemorar? que teve por eixo de discussão a temática "DECOMPONDO LIXO, RECRIANDO VIDA", foi desenvolvido na Escola Municipal Quito Junqueira, na cidade de Igarapava (SP). Neste importante evento foram apresentadas diversas atividades que levam à reflexão crítica sobre a temática, como um projeto permenente de Educação Ambiental desenvolvido por Teobaldo Neto na referida escola, aliado a outras ações como horta com plantios orgânicos, atividades culturais como teatro e música. No evento também foi tratada a questão da monocultura canavieira na região e suas consequências, tema abordado numa magnífica peça teatral e numa palestra proferida pelo Professor Valter Machado da Fonseca (também membro do NEEFICS).
Enfim, o evento coordenado e dirigido pelo professor Neto atingiu pleno sucesso levando a importantes reflexões críticas sobre a problemática ambiental que tanto angustia a humanidade neste limiar do século XXI. Parabéns ao Porfessor Neto e a toda sua equipe!
Retirado do blog:

Lixão e Composteira: Comparação

A experiência com as mini-composteiras permitiu comparar como se dá a evolução da decomposição do lixo orgânico num lixão e numa composteira.

Veja nessa foto a evolução ao longo de 4 semanas. A altura não variou. Isto demonstra que no Aterro Sanitário os outros materiais dificultam a decomposição do resíduo orgânico, além de proliferar o chorume, o gás metano (mal cheiro) e atrair pragas urbanas.

Simulação de um lixão:

Já nessa foto é possível ver como o volume diminuiu. Trata-se de um material biodegradável. Dentro de 3 meses o lixo orgânico vira adubo.

Simulação da compostagem:
Ao final de 7 semanas foi constatado que na mini-composteira onde havia apenas resíduos orgânicos, o material foi decomposto facilmente e reduziu-se a 1/5 do volume inicial.
Já onde haviam resíduos misturados, a decomposição foi lenta com uma alteração do volume desprezível, além da produção de chorume e grande volume de larvas e mosquitos.

Um agradecimento especial às nossas agentes ambientais que "arregaçaram" as mangas e nao mediram esforços para fazer essa experiência.

Agentes ambientais

Trabalho de Laboratório

Semanalmente um grupo de agentes ambientais reune-se em laboratório com o professor Neto e com a professora Heleni. Nesta oportunidade pesquisamos temas relacionados ao Meio Ambiente e Lixo e planejamos as atividades do projeto.

São trabalhadas dinâmicas que visam refletir acerca dos 3 erres (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) e trabalhados conteúdos sobre compostagem.

Foram produzidas mini-composteiras com garrafas PET e colocados resíduos misturados para simular os aterros sanitários. Em outras foram colocados apenas resíduos orgânicos. Semanalmente eram coletados dados como peso, temperatura e altura. Estes dados foram registrados em tabelas e em seguida produzidos gráficos para uma melhor exposição dos resultados.

Agentes ambientais preparando as mini-composteiras.


Mini-composteira de resíduos orgânicos


Como cuidar de uma composteira?

Você pode fazer em sua casa. Fique atento às informações seguintes:

1 - Devem ser formados montículos apenas com resíduos orgânicos: Cascas de frutas, resto de comidas, pó de café etc.

2 - Este monte deve ser revirado a cada tres dias. Se estiver muito seco, acrescentar água. Se tiver muito molhado, adicionar folhas secas.

3 - Para evitar o mal cheiro e moscas, cobrir com uma camada fina de terra ou folhas.

O resultado é o adubo orgânico.

Manutençao da composteira


Manutenção da composteira em 2008


Análise visual, de peso e temperatura
Um aspecto importante é o cuidado com os Equipamentos de Proteção como luvas, máscaras e óculos.

Maio / 2009 – Trabalho de campo: Usina de Lixo de Delta - MG

Foi agendada uma visita orientada à Usina de Tratamento do Lixo do município de Delta MG em que o professor de Matemática – Rodrigo é o principal responsável.
Nesta oportunidade os alunos perceberam a importância de realizar a coleta separada entre lixo seco e molhado, evitando o trabalho insalubre que é realizado pelos trabalhadores da usina.

Usina de Triagem de lixo de Delta MG




Sistema de Compostagem da Usina de Lixo.
Após o trabalho de separação do lixo orgânico e inorgânico, pelos trabalhadores da Usina, a parte orgânica segue para a reciclagem para ser transformada em adubo orgânico, ou seja, o mesmo método que utilizamos na escola.

Na Usina este adubo pode estar contaminado com metais pesados (pilhas, baterias, etc.) que os moradores colocam misturados. Segundo o professor Rodrigo, responsável técnico pela Usina, este adubo deve ser encaminhado para análises em laboratório.

Mais uma justificativa para o nosso projeto que gera adubo sem contaminação, já que separamos e conhecemos a matéria prima (por enquanto apenas os resíduos gerados na escola).





O cemitério do Lixo.
Nesta parte da Usina, visitamos o local onde é enterrado todo o lixo que não é aproveitado para reciclagem.



Além disso, foram visitados os principais pontos de poluição na área urbana dos municípios de Delta MG e Igarapava SP. Em seguida os alunos elaboraram um texto para que o professor analisasse sua percepção ambiental.

Galera fazendo a festa no 'busão'


Participaram como monitoras as alunas: Clesiane, Victória, Luciene, Regiane e Nayra.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Abril / 2009 - Estrelando: Quito Molhado e Seca Sinhá

Foi realizada uma campanha para criação da mascote do projeto. Todos alunos participaram oferecendo suas contribuições. Vejam abaixo as finalistas.
Isabela Hatano (5.B) e Leandro Nogueira (6.B)/ 2009



Eduardo 6 b


Nayra


Dalila - 5a


Seleção das mascotes
Após a seleção das mascotes, produzidas por todos os alunos, ficou decidido que seria desenhada com auxílio do software Corel Draw. O autor, Carlos Magno, reuniu as características dos melhores desenhos propostos pelos alunos.
Para a definição do nome foi realizada uma votação de sugestão onde todos os alunos participaram votando entre 5 opções de nomes. Ficou definida a mascote que representa o lixo orgânico: “Quito Molhado” e a que representa o lixo inorgânico: “Seca Sinhá”, em homenagem ao tradicional casal que fundou a vila “Usina Junqueira” – Coronel Quito e Sinhá Junqueira.



Produção dos alunos

As lixeiras do lixo orgânico (úmido/molhado) foram rotuladas com o 'Quito Molhado' e as lixeiras do lixo inorgânico (seco), foram rotuladas com a 'Seca Sinhá'.

Abril / 2009 - Evento “DENGUE, LIXO E ÁGUA: O que eu tenho a ver com isso?”.

A Fundação Sinhá Junqueira executa os serviços de limpeza urbana na Usina Junqueira.
Devido aos casos de depósitos irregulares de lixo na comunidade e ao mal uso da água, este evento foi realizado em parceria com as professoras na comunidade: Marizinha, Helene e Lia.

Toda a comunidade foi convidada e nesta oportunidade foram apresentados os resultados do projeto com o objetivo de envolver a comunidade. Durante o evento foram distribuídos adornos caseiros produzidos com material reciclado pelos monitores do projeto em parceria com as professoras Lia e Helene.

Estas professoras exercem um importante trabalho de solidariedade, construindo objetos a partir de materiais recicláveis. Estes objetos são vendidos com o objetivo de angariar fundos para doação ao Hospital do Câncer.

Professora Helene e alunas no laboratório.



Apresentação do evento


Prof. Lia anima a galera


Voz e violão (Prof.Cauê e Aline - 7 C)


Simples Assim
Por- Aline , Cauê ,Neto

Paródia de Versos Simples
Chimarruts


Sabe hoje é o dia no qual venho te falar.
Que da dengue,devemos cuidar
Nenhuma vasilha aberta com água deve se guardar.
E sem lixo o mosquito some.
Não quero que a dengue tome conta deste lugar.
Ainda podemos prevenir.
Vamos todos, vamos nos unir
Pois só assim vamos vencer
Preste bem atenção é simples, é só agir com o coração.
{bis}

Diretor Juvenal Santinato Jr.


Participação da comunidade


Alunos e professores atentos às palestras

Março / 2009 - Coletando os primeiros frutos.

SURPRESAS INTERESSANTES

Após as férias foi verificado que cresceram algumas espécies vegetais naturalmente. Aquelas que cresceram sobre o adubo orgânico atingiram uma altura de 1,72m. Já as que nasceram sem o adubo atingiram, no máximo, l,l0 m. Foram coletadas amostras de folhas para estudo e preparado material para divulgação na escola.




O adubo gerado foi utilizado na horta experimental. A quantidade final de adubo é reduzida a 1/5 da massa inicial. Desta forma a quantidade de adubo não supre a necessidade de toda a extensão da horta, já que são depositados na composteira apenas os resíduos orgânicos da escola e da residência de apenas um professor.




sábado, 24 de outubro de 2009

Exposição do trabalho no evento VIDA MELHOR Dezembro/ 2008

Exposição.


Em dezembro os resultados do ano 2008 foram expostos na Casa da Cultura (Igarapava/SP). Nesta oportunidade a Secretaria Municipal de Educação, representada pela Secretária Rosa Maria Junqueira, reconheceu a importância sócio-ambiental e apoiou as atividades do projeto para o ano de 2009.


Um agradecimento especial às alunas:

Luciene Perim
Victória Fialho
Regiane dos Santos (foto)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Novembro e Dezembro / 2008

- Surgem idéias e novas campanhas

Foi proposta uma ação de limpeza dos arredores da escola. Os alunos da 5. Série – Alysson e Victória perceberam a grande quantidade de lixo jogado pela janela das salas de aula. Com isso fizemos um mutirão da limpeza no dia 03/11/2008 e para o susto da galera, enchemos uma lixeira inteira e 2 pela metade. Nas próximas etapas pretende-se expor este lixo nos corredores da escola chamando a atenção dos alunos, mostrando a dimensão que pode chegar um papelzinho inocente jogado pela janela. É uma forma de sensibilizar, já que da forma oral tradicional muitas vezes o ser humano não percebe a dimensão de seus atos.



Ação de limpeza dos arredores da escola. Novembro/2008

- Campanha do mascote e folder
Alguns professores sugeriram a necessidade de um material de divulgação do projeto, visando esclarecer os objetivos do projeto e com isso garantir uma maior participação de toda a comunidade escolar. Daí surgiu a idéia de elaborar um folder de divulgação e criar um mascote que representaria o projeto.
Um grupo de monitores auxiliou o professor na elaboração e divulgação da campanha. Mais uma vez toda a comunidade escolar participou e fez suas propostas.
O folder foi elaborado pelo professor orientador para divulgação do projeto no evento de formatura dos alunos das escolas municipais em dezembro de 2008.
Na próxima etapa será definido o mascote do projeto e o autor premiado.



Pré seleção dos mascotes